Não sei o que me deu outro dia, mas comecei a matutar nas pronúncias do nosso país!
Lancei a questão aos meus colegas de trabalho:
“ - Nós lisboetas, temos pronúncia??”
Obviamente que a resposta foi:
“ - Claro que não! Nós falamos normal!!”
Normal?? Estranhei a (a)normalidade da resposta!!
Talvez por os serviços de informação estarem todos centralizados em Lisboa (os mais notórios, já que o canal Porto e Madeira e Açores, não estão disponíveis para todos, sem falar nas rádios que só via net se conseguem ouvir), estejamos habituados a ouvir tal como falamos.
Quando falo para outras zona do país, sabem sempre de onde sou, por isso a pronúncia não deve ser tão soft quanto se possa pensar.
Do que andei a pesquisar, onde se fala mais correctamente português é em...... Coimbra (A cidade das universidades, será por isso?)
Outra coisa que encontrei é que fazemos biquinho a falar....... (estranho!)
Pelo que percebi, falamos com os cantos da boca colados.
Desde então tenho reparado na maneira de falar do pessoal, e não é que é mesmo verdade!
Por exemplo:
- Pouco – o pessoal pronuncia pôco, o OU é substituído por Ô
- Filipe, Ministro – o pessoal pronuncia Felipe e Menistro, os “i” quase que desaparecem, quando a vogal é átona (vogal onde não existe qualquer acento da palavra)
- Como estás – o pessoal pronuncia comostás, uma vez que - o e e - ao serem vogais átonas, desaparece/juntam-se.
- Bom dia – neste caso já não existe o enfraquecimento da vogal, visto estas serem tónicas (tal como a aguinha!! eheheheh)
- Coelho, Vermelho, Joelho - o pessoal pronuncia coâlho, Vermâlho, Joâlho (tal com âmago).
Pessoal do Norte, Beiras, Interior e Sul digam o que acham, se reconhecem imediatamente alguém que seja lisboeta, só pelo falar.
Em termos de conclusão:
"A pronúncia é um elemento de identidade e cada um de nós tem o direito de utilizar aquela com que se identifica."